Diálogos entre Paula Baccelli e Milton Ferlin Moura, versão 2013!
Seja bem vindo (a)!!
04/06/2013
Que nossos corações possam estar entrelaçados em coerência!!!!
Os desafios são como "molas
propulsoras" motivacionais para o crescimento e desenvolvimento do ser
humano. Todos nós enfrentamos um ou outro (ou
vários) desafios em nossas
vidas. São esses "enfrentamentos"
que merecem um pouco da nossa atenção! Como estamos enfrentando os
desafios? E as motivações para as mudanças tão necessárias no campo pessoal? Como estamos exercitando a coerência cardíaca individual diante das
questões emergenciais que surgem? Temos conversado dentro de nossos diálogos quânticos o quanto vivemos uma
oportunidade ímpar para irmos além... a física quântica proporcionou uma
compreensão do campo sutil em nossas
vidas. Levou-nos para a valorização da consciência como fator causal real na formação da realidade. Descobrimos a espiritualidade, ou melhor,
redescobrimos a espiritualidade, isto é, a maneira como lidamos com
os aspectos transcendentes que envolvem
cada um de nós. Somos responsáveis pelo que pensamos, sentimos e agimos. Se pudermos unir
de forma coerente esses aspectos, o comportamento refletirá o sutil (pensamentos e sentimentos) cada vez melhor. Isso é a evolução! Representações
no físico do sutil. Essas
representações podem ser cada vez melhores
e saudáveis. Momento para pensar: podemos treinar estados coerentes e sustentar
esses estados! Intenções mantidas em estados
coerentes são mais eficazes!!!!
Quão empenhados estamos em nossa
transformação? Quão empenhados estamos em agir como seres conectados por uma
realidade fundamental? Os hábitos e condicionamentos ainda
persistem e tem força! O EGO ainda está presente e inflado em muitas situações. Perceber o sutil e representá-lo no comportamento é tarefa urgente. Caso contrário ainda vamos presenciar uma gama de doenças sejam orgânicas e/ou sociais. Despertar!
Como despertar consciências?! Mudando contextos.
Acredito nisso! A mente dá significados e esses
significados tem sido equivocados até então. Criamos um ruptura - uma perda de valores. Mudar
contexto é mudar paradigma, mudar de
forma criativa a maneira de dar significados aos arquétipos sempre presente na história
do desenvolvimento humano. Estou ciente que muitas pessoas ainda estão a margem dessas discussões
e precisamos colaborar para a difusão dessas ideias transformadoras
- como são os princípios quânticos - que tanto temos
aprimorado em sua compreensão. A mente dá significado e quem nutre a mente com contextos para essa
finalidade são os arquétipos. Talvez esteja aí a grande questão de sermos criativos. Buscar ou ouvir o chamado dos arquétipos - essas ondas de possibilidades sutis - colapsando-as
em nosso comportamento e criando o novo. Um novo comportamento, uma nova Justiça, um nova forma de interpretar o Amor, uma nova forma de
entender a Beleza, uma nova maneira de representar a abundância em nossas vidas (sem exageros), uma nova Verdade
transformadora, verdade sem máscaras... Mergulho na alma e
no SER. Como isso é importante! Criatividade
interna dentro do nível de consciência que habitamos atualmente.
Níveis de consciência? Como consciências em evolução que somos, podemos estagiar em diversos níveis e compreender o mundo e agir no mundo baseado nesse
neivel na qual nos encontramos. A boa notícia, querida amiga Paula, é que podemos mudar de nível
conforme nosso esforço em conhecer a nós mesmos. Sempre o chamado para o autoconhecimento!! Não há como escapar desse fato! Por
mais que insistamos ou tentemos atalhos no externo, o interno de nossas almas
chamam, gritam, sinalizam para o “conheça-te a ti mesmo”. Mudar nossos contextos! Eis a chave! Meditar! Exercitar o
amor ao próximo! Há milênios ouvimos mensagens sábias de pessoas que experimentaram o sutil. Nosso cérebro está amadurecendo! Aliás, optamos pela maturação psicológica. Caminho mais longo, talvez. Mas que proporciona o
aprendizado e o conhecimento. Estamos em fase de maturação psicológica. Nossos circuitos
cerebrais para emoções positivas precisam ser
despertadas e concretizadas. A criatividade interna e manifestação do novo passa por um novo comportamento. Sem vinganças, sem ódio, sem rancor, sem mágoas, sem ressentimentos, sem amarguras. Apenas com gratidão, serenidade, assertividade, compaixão e integridade. Somos fragmentados e necessitamos “capturar” esses fragmentos para a integralidade do SER. Quantas histórias e quantas memórias somos possuidores!
Quero finalizar essa pequena “cutucada” lembrando que podemos sim vencer a
“ilusão” da separação. Através da coerência cardíaca individual podemos atingir
um estado de coerência social - bons relacionamentos
sociais e familiares - e, desta forma, prosseguirmos rumo a uma coerência global com um novo Planeta onde haverá respeito e o sutil será
melhor representado no plano físico.
Abraços sempre fraternos em nossos
leitores e a você, minha amiga, meus sinceros
votos de paz e serenidade!
Milton
Caro
amigo! Só mesmo com corações entrelaçados para manter a coerência, não é mesmo?
Então,
falamos sobre desenvolvimento humano, mas ao longo de milênios de história
mundial, o foco tem sido tecnologias e subjugação das massas pelo poder de
poucos. O fogo e a roda são exemplos de um início rudimentar do avanço que
temos hoje. O que se tornou coletivo e nos achata consideravelmente é o medo de
aniquilamento pelo outros e das perdas do que consideramos imprescindível para
nossa satisfação e sobrevivência. Basta nos atermos aos bilhões que são gastos
para o desenvolvimento e a construção de defesas bélicas e os inúmeros esforços
no âmbito político e econômico para o controle mundial. Ficamos encarcerados
nesse lugar, que é típico do ego desligado da Consciência Transcendente, e onde
permanecemos, ainda hoje, em constante batalha.
Citei
as defesas bélicas, mas estamos cheios de uma diversidade delas. Para isso
somos muito criativos, ehehe! Temos nos defendido do mergulho profundo em nossa
alma e nos impedido de nos conhecermos de fato, sem as máscaras tão comuns e
viciadas que usamos há tempos para nos mantermos (nosso ego) no “poder”, de
variadas formas. Afastamo-nos da Consciência de Deus, construindo dogmas
religiosos que nos desculpam os equívocos do ego, principalmente com a fala ‘chavão’:
“somos humanos”. Afastados, passamos a deturpar os valores da Natureza, criando
ilusões com a desculpa de evolução e progresso. Deturpamos os grandes
arquétipos – AMOR, VERDADE, BELEZA, JUSTIÇA, BONDADE, ABUNDÂNCIA e INTEIREZA ou
INTEGRAÇÃO e agora fazemos representações banais dos mesmos, dando o “colorido”
das nossas sociedades. Nós as destruímos, reproduzindo os medos e enganos
presentes na caverna de Platão. Temos a mesma máscara, embora decorada
singularmente para cada um de nós: a vontade de sermos “top”, “vip”, sempre
mais que os outros. E o pior, é que tudo o que temos movimentado - sentimentos,
emoções, escolhas, economia, saúde, doença, ciência, política, educação, comércio,
família, amizade, paradigmas, etc, está encarcerado nessa base de ilusão do
poder.
As
motivações para as mudanças necessárias no campo pessoal estão adoecidas.
Portanto, para falarmos de coerência, precisamos mudar com urgência o substrato
das mesmas. E, para isso, necessitamos da compreensão de Deus como a
Consciência que cria as infinitas possibilidades. Você pergunta como estamos
exercitando a coerência cardíaca, mas nem mesmo a valorizamos, pois ainda
cremos no funcionamento do cérebro como o mais expressivo em nós. Não aparecem
com frequência, nos meios de comunicação mais acessados, notícias tais como o
campo magnético do coração ser 05 mil vezes maior do que o do cérebro!!
Portanto, a maioria da população desconhece os conteúdos que poderiam gerar
massa crítica para uma transformação global.
Sim,
vivemos um momento maravilhoso para irmos além. Temos ciência do universo sutil,
corroborando sua existência, influência e, portanto, responsabilidade por e em
tudo o que há. Mas, duas coisas importantes ocorrem para dificultar a
popularização dessas descobertas: (1) os “donos do mundo” que, distantes da
Consciência Transcendente, mas absolutamente poderosos em sua atuação, desviam
a atenção da população dessas verdades, formalizando culturas alienadas em todo
tipo de comunicação, e (2) a própria população vivendo numa zona de conforto
tal que não se esforça para ir além. Lembrei agora do filme estrelado pelo ator
canadense Jim Carrey, “O Show de Truman”! Quando será que vamos ter coragem de
sair do neurótico senso comum que, no fundo (mas não tão fundo assim) sabemos
que vivemos? As pessoas não estão querendo assumir responsabilidades. E quem
não assume responsabilidade é criança! Onde estão os adultos do Planeta? Caro
amigo e leitores, não precisamos ir tão longe para enxergarmos que temos sido
crianças esse tempo todo, fazendo um esforço insano para obtermos os “brinquedos”
do nosso interesse. Dificilmente levamos em consideração o todo, a não ser que
tenhamos interesses muito pessoais...
Sabemos
que somos responsáveis pelo que pensamos, sentimos e agimos, mas vivemos uma
fantasia de poder maluca de que podemos plantar amora, por exemplo, e colhermos
goiaba se quisermos, ehehe! E, enquanto vivermos assim, continuaremos capengando
nas existências e vivendo na Roda do Samsara. Lidar com aspectos transcendentes
requer CORAGEM de guerreiro. Imagina se num mundo absolutamente tecnológico e
virtual tem espaço para guerreiros de verdade??? E o ‘duro’ é que sinto que o
Budismo está correto: enquanto um de nós não saltar, o resto terá que esperar para
o triunfo final!!!
A
Física Quântica abriu as portas para a concretização do mundo sutil na
expressão material. E com o tempo, teremos todos que nos render a ela. Quanto
mais rápida e profunda for a mudança de paradigma em nós, tanto melhor faremos
representações do sutil no físico. Lembrando que fazemos representações do
sutil o tempo todo e que isso significa apenas que tudo o que há são
construções mentais “individuais” e entrelaçadas no coletivo. Sim, uma das
afirmações polêmicas e enlouquecedoras dessa “tal” de física quântica é que
criamos e experimentamos a realidade ao mesmo tempo. Portanto, de posse dessa
verdade, compreendemos uma milenar fala dos Vedas que pode ser traduzida assim:
somos, ao mesmo tempo, o roteirista, o diretor e protagonista desse filme que
chamamos existência presente.
Quero
fazer uma colocação, a meu ver, muito importante: há, de fato, uma Unidade. E nessa
Unidade, vibram, na sua plenitude, os arquétipos matriz de tudo o que há. Então,
que as pessoas não pensem que podem fazer tudo o que quiserem, principalmente
na vibração do ego desligado da Consciência Suprema... Se não acessarmos esses
arquétipos fundamentais, citados no segundo parágrafo desse texto, em plena
comunhão com Deus, apenas iremos materializar carcaças, nos enganando que
estamos representando o melhor! E, estar em comunhão com Deus, nem de longe
passa pelo exercício desta ou daquela religiões. Comunhão com o Divino dá muito
mais trabalho do que realizar cultos, estudar as escrituras e doutrinas ou
fazer caridade. Para termos o direito de comungar verdadeiramente com Deus,
precisamos DESCER. Simbolicamente, os nove círculos citados por Dante
Alighieri, no século XIV, em sua obra prima A Divina Comédia.
Quem,
de fato, desceu aos infernos pessoais do medo e suas máscaras: inveja, ira,
violência, egoísmo, gula, ganância, traição, depressão, sentimentos oscilantes
de inferioridade e superioridade, arrogância, bipolaridade (doenças
psiquiátricas de um modo geral), autoritarismo, manipulação, morbidades
sexuais, mentiras, desonestidade, vaidade física e intelectual, compulsão, etc?
Quem teve coragem de mergulhar fundo na
doença que o acomete para descobrir o que ela está contando? O que há por
detrás do câncer, das doenças cardíacas, dos males do pulmão, da obesidade
mórbida e seus contrários, a anorexia e a bulimia? Qual é a base na qual se
assentam as infecções, os vícios por álcool e drogas, as repetições de
dinâmicas familiares desequilibradas? O que realmente leva as pessoas a se
exporem publicamente, com projetos mil, por exemplo no campo da política e do
social, e não cumprirem sua parte para com o coletivo? O que dizer dos
laboratórios farmacêuticos que criam vírus e bactérias e soltam na população
para venderem seu peixe? E a ciência então, engessada em vaidade intelectual,
emaranhada em disputas de titulação que, quase sempre atrasam o que deve ser
feito em benefício de todos nós? Isso tudo sem esquecer os profissionais
clínicos da área da saúde, principalmente na minha profissão, a psicologia,
esforçando-se para enxergar o indivíduo como um epifenômeno do cérebro. E etc,
etc, etc. Nossa, chega a ser esquizofrênico demais pensar a respeito, porque não
faz sentido algum quando estamos mais conectados com a Sabedoria Divina. Parece
o momento do chá do Chapeleiro Louco!!
É
vero! Quão empenhados estamos em nossa transformação? Pois é, pergunta que
devemos nos atrever a fazer e exigir de nós mesmos uma resposta. DESPERTAR-se e
despertar consciências?! Acredito que há diversas formas de “cutucão”, como o
nosso Pinga Fogo Quântico, como a mudança individual de cada um de nós, a nova
ciência com seu maravilhoso novo paradigma, mas, o caminho é solitário. A transformação
real só pode ser vivida por cada um em particular, com suas escolhas
direcionadas para isso. Podemos cutucar, mas não fazer pelo outro. Então, só podemos continuar o caminho do
coração que escolhemos e emitir um desejo sincero para toda a raça humana: DESPERTEM
em Deus, na Fonte Infinita de Possibilidades para a consciência materializar em
realidade! COMPROMETAM-SE com seu mergulho na alma para que possam de fato
realizar maravilhas!
Numa
revelação divina, em 26 de junho de 1931, Masaharu Taniguchi da Seicho-No-Ie,
escreveu: “Teu corpo carnal é uma música executada por tuas cordas mentais.
Pensar que a Vida se instala no corpo carnal é um dualismo, e não a Verdade. A
rigor, a Vida é que manifesta o corpo carnal segundo o gênero da música
executada pelas cordas mentais. Tanto o corpo físico, como o etérico, o astral
e o espiritual nada mais são que projeções da mente. Conforme o gênero da
música mental, manifesta-se ora o corpo físico, ora o etérico, ora o astral,
ora o espiritual. (...) O homem, sendo filho de Deus, é imortal. Conforme mude
o ritmo de tua música mental, muda a aparência de tua existência transitória;
ou seja, a manifestação transitória de cada um muda conforme a mudança do ritmo
mental. (...) Passe, assim, a executar gradativamente músicas mais elevadas!”.
(Texto na íntegra: http://espacodaalma.blogspot.com.br/)
MEDITAR,
CONSCIENTIZAR, AMAR, OUSAR, FAZER DIFERENTE e MELHOR e REALIZAR!!
Está
em nossas mãos!!
Abraços
de luz a todos!!!
Paula Márcia Baccelli.
22/04/2013
Querida amiga Paula e leitores do coração!!!
Gostei dessa expressão e vou pegar emprestado, pois sou cardiologista e
tenho esse direito!! rsrsrsrs.
Realmente devemos reverenciar de maneira positiva os estudos de Rupert
Sheldrake com relação aos campos orientadores da forma chamado por ele de
campos morfogenéticos. Temos muito a aprender quando mergulhamos no
conhecimento de nossos hábitos e condicionamentos. Hábitos que estão presentes
nesses campos de influência e coordenam a forma e comportamento. A consciência
acaba escolhendo ainda baseado nesses “hábitos e condicionamentos” por ter
adquirido a “memória” de determinado comportamento, pensamento e/ou sentimento.
A física quântica e seus princípios quânticos tem esclarecido isso ao longo de
todos esses anos a partir de sua “descoberta” no início do século XX por
“gigantes” como Planck. Heisenberg, Born, Einstein, Pauli dentre outros. Hoje,
estamos buscando uma real integração dos aspectos sutis vivenciados por todos e
não mais uma observação da aparente separação de todos esses aspectos. A
filosofia, a psicologia, a medicina e todas as demais áreas científicas vão se
beneficiar com os rumos das novas pesquisas na esfera da alma e da consciência.
Você deixou bem claro o papel dos campos morfogenéticos como um
“regulador” da consciência seja coletiva e também individual de todos os seres
vivos que sentem nesse Universo. Você ainda cita Émile Durkheim e o Fato Social
como formador de nossa consciência coletiva passando a ser uma verdadeira
“entidade” externa com sua própria força de coerção. Gostei dessa afirmação!!!
Acredito que isso realmente ocorra e que essas “memórias” tenham um papel
fundamental não só no comportamento individual e coletivo como também uma
influência real na saúde e biologia humana. Temos que compreender
definitivamente esses campos e buscar terapeuticas adequadas como essa que você
vem experenciando através da meditação. A modificação pessoal, a dinâmica de
transformação pessoal acarretará uma modificação também nesses campos morfogenéticos
e como consequência teremos o comportamento
e a saúde biológica refletindo essas influências benéficas. Seremos
saudáveis na totalidade, isto é, envolvendo o funcionamento adequado de nossos
corpos sutis e também de nosso corpo físico. Veja como isso é profundo!!
Conhecer a fisiologia energética, conhecer a anatomia energética e a
interação entre esses aspectos sutis e o físico fará com que melhoremos, como
consciências em evolução que somos, de uma forma integral. Tanto
individualmente quanto coletivamente. Passamos por um momento de transição e
precisamos de um pouco de atividade externa simultaneamente com uma certa
“atividade” interna de presença e identificação com a essência divina sempre
presente dentro de cada um de nós. Aquilo que aprendemos com Amit quando fala
em ser/fazer/ser/fazer/ser/fazer... Um equilíbrio dinâmico entre ambos!!!
Esses nossos diálogos quânticos tem demostrado essa necessidade.
Precisamos divulgar mais essas idéias e trazer novos contextos para que os
significados da mente possa representar o novo. E esse “novo” representar uma
nova possibilidade de ação dentro de uma paradigma de interconexão entre todos.
Chega de separação e de ações que refletem esse contexto. Os significados
equivocados já causaram muito estrago individual e coletivo. É aquela história
que não precisamos mais falar sobre a paz e, sim, criar a paz!!
Com esse intuito estaremos modificando os campos morfogenéticos e
proporcionando uma modificação futura, inclusive de “assimilação” genética
dessas modificações para que as escolhas sejam realmente livres e cada vez mais
distantes de hábitos e condicionamentos que ainda nos coloca longe da
consciência universal que “permeia” a todos nós! Não localidade quântica,
hierarquia entrelaçada, descontinuidade são princípios quânticos que devem ser
compreendidos por todos para que essas modificações ocorram de maneira efetiva
na vida de cada um e passe a representar novas ações e comportamentos de
integração e união. Seremos saudáveis, seremos mentalmente fortes, teremos os
circuitos das emoções positivas já presentes para darmos continuidade no
processo evolutivo.
Quero expressar aqui também que concordo com você quando afirma que as
escolhas alimentares devem ser coerentes com tudo isso que temos falado e
conversado. Essa ainda é uma realidade que necessita ser modificada e entra na
integralidade das mudanças que devemos realizar não só nos aspectos sutis de
nossas sombras, mas também nas consequências não benéficas que retratam uma
infeliz realidade dos diversos abatedores de animais existentes em todo o
planeta. Aos poucos e poucos, que nossa consciência também se desperte para as
escolhas alimentares saudáveis. Tenho percebido que quanto mais nos aproximamos
do sutil, mais nossas escolhas alimentares também se aproximam das mesma
sutilezas energéticas. Vamos em frente!
Querida Paula, tenha um excelente período entre esses diálogos e que a
paz e SERENIDADE possam frequentar a esfera familiar, pessoal e coletiva dos
seus trabalhos.
Abraços fraternos
Milton
Querido amigo e leitores do coração!! (Estou “remixando”,
ehehe!)
Quanta discussão profunda e ampliada temos o prazer de
realizar quando transitamos no campo quântico!
Estamos vivenciando um momento muito especial nesse século,
onde tudo aquilo que os olhos não veem adquire realidade e forma através dos
estudos sobre o mundo subatômico! Sim, temos que reverenciar a todos os que
participaram e participam ativamente desse movimento para que essas verdades
tornem-se acessíveis a todos. Meu desejo é que nossas discussões do Pinga Fogo
possam integrar o quadro disciplinar das escolas, desde o ensino fundamental e
fazer parte das conversas em família, dos valores a serem ensinados para os
descendentes, do cinema e do teatro, dos programas de televisão, das religiões,
etc. A maioria ainda monta e cria seu universo familiar totalmente imerso nas
exigências egóicas e quase sempre incoerentes da sociedade comum. Pierre Weil
chamou a isso de “normose”, a normalidade neurótica, onde nossas escolhas
acontecem baseadas em hábitos sociais e fantasias de poder do ego e não em
escolhas a partir da Consciência Suprema.
É claro que a força dos campos informacionais é imensa, mas
nem de longe isso é desculpa plausível para não fazermos o que devemos. Sabe,
amigo, meu olhar é “viciado” na psique! Então, qualquer diálogo que
empreendermos me levará direto à tão negligenciada Alma. Quando em meditação ou
em movimentos de constelação sistêmica colocamos a pessoa de frente com a alma
e a mente dela, até hoje não encontrei alguém que se aproximasse da alma
naturalmente. Abraçam a “mente que
mente” e se agarram a ela com imenso fervor! Porque não adianta discutirmos a
ciência quântica e suas inovações e contribuições para o mundo atual, se não
abrirmos espaço para reconhecermos nosso mundo psíquico. Na verdade, por mais
que os campos mórficos sejam absolutamente fortes em sua força atratora, a
responsabilidade final da escolha é absolutamente nossa! Consciente ou
inconscientemente, escolhemos o tempo todo. De verdade, só existe a escolha e
continuamos escolhendo persistir nos mesmos equívocos, coletivamente...
Hoje existe uma oferta insana de produtos quânticos (caros)
– medicamentos, terapias, etc, pois caiu no popular, e a maioria com promessas
idênticas às alopáticas: cura que vem do externo, mas com um toque de magia,
ehehe! Como se a cura de alguém pudesse ser realizada por outra pessoa ou
método que não ela mesma e o mergulho profundo e sincero na sua alma!... Vamos
despertar dessa ilusão, minha gente! O sonho (ou será pesadelo?!) de não fazer
esforço algum, de não ter que se responsabilizar pela própria transformação, de
continuar a mascarar-se, copiosamente, usando verdades fantásticas como pano de
fundo, mas sem coerência real que sustente a transformação. Sim, existem
possibilidades terapêuticas maravilhosas nos dias de hoje, sustentadas por essa
fantástica ciência quântica que transformou nosso século, mas, sem que
assumamos o processo de salto, da submissão do ego para a submissão ao Eu,
voltaremos diretinho para os velhos padrões. De cara nova, é certo, mas com as
mesmas vibrações!
Já passou da hora de nos enCORajarmos a olhar no espelho da alma. Esse trocadilho é para dizer
que coragem é agir pelo ‘core’, ou essência. Sim, as transformações necessárias
são inúmeras, mas precisamos conhecer profundamente nossos demônios para não
sermos mais subjugados a eles. Pois eles são muito perspicazes, altamente
sedutores, manipuladores e com um repertório significativo de artimanhas para nos
desviarem do acesso a Deus, a Fonte de infinitas possibilidades. E somente nós,
apenas nós podemos mudar isso! Usem das novas tecnologias, mas não entreguem a
elas o seu bastão!
Você menciona a questão da alimentação e quero ampliar para
os vários tipos de alimentos, não apenas a comida formal. Pois também nos
alimentamos de imagens, sons, ideias, neuroses e desejos. Quando chega um
cliente com questões de obesidade no consultório, tenho certeza de que os
quilos a mais têm várias causas. A alimentação formal, muitas vezes é a de
menor responsabilidade. Obviamente as mudanças necessárias para atingirmos um
padrão de coerência com a Consciência Suprema são inúmeras e empreendê-las
exigirá de todos nós muita força de vontade e disciplina! As pessoas me
perguntam muito sobre como usar os conceitos quânticos no dia-a-dia. Eu digo
que fazendo valer o que eles afirmam:
Não localidade, ação
à distância – cuidado com o que se vibra pelos pensamentos e emoções, pois
não há distância que nos separe de tudo e todos. Pensamentos e emoções são
informações, que podem reforçar os campos vigentes ou criar novos. Escolha!
Entrelaçamento
quântico – estamos inegavelmente interconectados, a tudo e a todos, de
forma que inúmeras vezes nos expressamos através dos outros e os outros através
de nós e nem nos damos conta disso. Quantas vezes nos enfurecemos e nem
percebemos que temos um grupo de consciências enfurecidas junto conosco!
Quantas vezes fomos o “centésimo macaco” que disparou o tiro que matou alguém e
continuamos achando que o assassino está na cadeia? Mergulhemos nessa
compreensão.
Salto quântico e
descontinuidade – Através da vontade sincera podemos realizar quantos
saltos quisermos. Podemos dormir emaranhados em psicodinâmicas adoecidas e
acordar curados. Para isso precisamos entrar no Self (essência) e permanecer
nele.
Só seremos saudáveis e construiremos novos campos mórficos
coerentes com o Eu Maior quando desistirmos de subjugar o Eu ao ego. O ego é um
veículo, o Eu deve ser o motorista.
Aguardando já, ansiosamente, mais um diálogo quântico!!
Grande abraço a todos!!
Paula.
CAMPOS MORFOGENÉTICOS
Muito conteúdo já foi abordado por nós desde o início dos diálogos nesse pinga fogo. Não é mesmo Paula? Talvez o que mereça mais atenção de nossa parte seja a compreensão do que realmente é esse tal campo morfogenético. Fazendo uma revisão dos conhecimentos até aqui, precisamos “posicionar” o devido local ocupado
por esses verdadeiros campos de influência do sentimento e da
forma. Com que finalidade? Compreender o processo de adoecer. Entender a doença como um subproduto do funcionamento inadequado dos órgãos e suas funções biológicas apenas esbarra
necessariamente em um limite que a própria medicina não consegue soluções. Talvez porque
concentra suas ações apenas no mundo orgânico, escapando-lhes o interno de todas as coisas. Enraizada nas
premissas cartesianas da separação entre mente e corpo, a
medicina afastou de seus estudos quaisquer possibilidades de considerar a influência da “mente” (entendida aqui como o oceano interno de percepções, como intuições, pensamentos e
sentimentos). Resumindo, a medicina tirou literalmente a “mente” de seu currículo. Ficamos com o corpo e toda a sua matéria e movimento de átomos e moléculas que se ajustam aqui e ali para produzirem “sintomas” diversos e que se
traduzem em desarmonia e sintomas. Ficou a cargo da psicologia adentrar nesses
aspectos internos que compreendemos como “mente”. E você mesma diz: “a “mente” mente. É isso que precisamos
enfocar com mais detalhes. Buscar a integração definitiva entre mente e corpo de maneira a conseguir uma sensação de bem-estar perene. Isso é um sonho?!?!
Dentro do meu íntimo, desde a minha entrada na faculdade de medicina, venho procurado
entender essa separação e como buscar essa
integração. O diálogo entre médico e psicólogo deve ser estreitado cada vez mais. Pois bem, vamos adiante!
Considerando os avanços que os princípios quânticos trouxeram para uma
compreensão mais ampla do dentro e
fora de todas as coisas, podemos realmente considerar uma oportunidade ímpar a que vivenciamos hoje em dia. Todos esses nossos diálogos seriam inoportunos e sem coerência caso não acreditássemos que há uma realidade fundamental em que todos nós seres sencientes estamos inseridos. Hoje, compreendemos que
escolhemos, logo existimos! Parafraseando o Pai da separação, René Descartes. Nós Intuímos, logo existimos! Nós pensamos, logo existimos! Nós sentimos, logo
existimos! Nós temos sensações, logo existimos! Tudo isso pode ser resumido em: Nós escolhemos, logo existimos! Escolhemos dentro de infinitas
possibilidades que ainda não temos plena “consciência” do que podemos escolher realmente. Esse escolher “atualiza” de forma objetiva todas
as informações contidas nas ondas de
possibilidades da matéria e energia. É um verdadeiro “vir a ser” e um “tornar-se em” de campos dentro de campos até culminar no objeto corpóreo da observação e percepção consciente. Essa escolha ainda é feita pela consciência egóica, sem perceber a consciência cósmica que está ali, presente, impulsionando a consciência imediata para uma capacidade maior de expressão de complexidade. A divisão entre o sujeito que
percebe e o objeto que é percebido cria uma
identificação da consciência com o sujeito-cérebro que o faz perceber a
separação. Tem que ser assim para
que haja relacionamentos e aprendizagem. Isso é de uma sabedoria profunda de quem arquitetou essa aparente separação. A conclusão filosófica e científica que chegamos com a física quântica é que o mundo externo dos objetos é feito da mesma “substância” do mundo interno das ideias. Visão que em uma primeira análise realmente é difícil de ser captada. Mas não impossível.
Quando falamos em possibilidades, temos que
realmente pensar em todas as possibilidades. Os campos morfogenéticos são possibilidades sutis de
escolha da consciência em evolução. Quando a consciência escolhe, ela “atualiza” (colapsa) todas as
informações contidas dentro desses
campos informacionais que ordenam a forma e cujo movimento da energia vital
dentro desses campos são representados no físico por moléculas que fazem da emoção a representam do sentimento que é esse movimento de
energia. Isso muda tudo. Podemos, através de técnicas específicas de meditação, desenvolver uma atitude de atenção plena, que fortalece áreas cerebrais da região pré-frontal que hierarquicamente coordenam as ações do cérebro límbico e reptiliano. Podemos estar cientes de aspectos inconscientes que
fazem inundar essas áreas cerebrais
hierarquicamente inferiores que levam aos diversos desajustes que culminam na
desarmonia mental e mal estar geral da mente. O físico é o último estágio de manifestação de qualquer desordem que possa ocorrer na consciência. Ela própria reúne a sabedoria de encaminhar o ser para o estado de saúde. Acredito nisso!
A “mente” é capaz de regular e
direcionar o fluxo de energia e informação em qualquer processo
relacional. Diante disso, podemos treinar a mente nessa capacidade de regular e
direcionar, pois qualquer aspecto da mente obrigatoriamente está envolvido em aspectos cerebrais. Mente e cérebro formam uma unidade inseparável na qual a mente é capaz de moldar o cérebro para que novas
representações sejam realizadas e
proporcionem estados de saúde mental e bem-estar.
Buscar a integração dos hemisférios direito e esquerdo e também uma integração entre os três andares do cérebro triuno (reptiliano, límbico e córtex pré-frontal) com aquisição de novos circuitos que representem os estados de felicidade,
sabedoria, amor, alegria, gratidão, compaixão e etc, etc, etc. Esse talvez seja o caminho que precisamos trilhar em
busca da coerência para que esses campos
morfogenéticos sejam “modificados” a fim de que no futuro
haja uma verdadeira “assimilação” gênica que possa ser aproveitada por todos que compartilham das informações desses campos morfogenéticos da espécie humana. Com isso, uma nova civilização mais saudável surgirá para que consigamos fazer escolhas não mais baseadas na consciência imediata e egóica, mas baseadas em uma consciência latente e mais próxima do self quântico onde reside a
verdadeira liberdade de escolha. Querida Paula Baccelli, vamos adiante com o
trabalho. Toda essa teoria requer prática e necessita de uma
certa volição pessoal em querer. Isso é pessoal e intransferível! O despertar é assim!
Abraços quânticos e fraternos
Milton
Querido amigo Milton e leitores
do coração!!
E vivam os Campos Morfogenéticos,
que nos levam a uma compreensão profunda do que chamamos de Inconsciente
Coletivo ou Consciência Coletiva!! Carl Jung, aonde quer que sua alma se
encontre nesse momento, deve estar reverenciando Rupert Sheldrake por essa
validação de toda a sua obra!!
Bem, comecemos com um pouco mais
de teoria sobre esses campos. Segundo Sheldrake, campos mórficos são campos
informacionais, ou seja, carregados de informações para todos os membros de um
grupo e também entre grupos. São regiões de influência, formadas pelos hábitos
de todos nós, que se movimentam através do tempo e espaço, além do passado,
presente e futuro. Eles não são campos magnéticos, embora, com certeza, exerçam
força de atração. Pensemos mais neles como uma
nuvem carregada de informações ativas, que nos levam a todos a nos movimentarem
desse ou daquele jeito. Um regulador da consciência coletiva que nos une a
todos: humanos, animais, plantas e minerais. Esses campos organizam nossos
corpos e atividade cerebral e mental. Eles dão o “colorido” de nossas linhas
ancestrais, padronizando experiências, sentimentos, emoções, ações e reações, doenças,
sucessos, insucessos, neuroses, psicoses, etc. Tendências de toda espécie e
gostos, ehehe!. E, acredito, nos mantêm ligados aos padrões de vidas passadas
também.
Esses campos são o que permite
pássaros voarem na direção perfeita e que ajudam a migração em massa de
rebanhos de animais. São eles que nos fazem pensar, muitas vezes, que estamos
sendo vítimas de “maldições” do passado, tamanha a força atratora que nos
obriga a agirmos e reagirmos desta ou daquela maneira, mesmo que não queiramos
e saibamos não ser o melhor caminho a seguir.
Os campos mórficos são campos extendidos de nossas mentes, e isso, para
mim, confirma a afirmação da Física Quântica de que criamos a nossa própria
realidade e a criamos e experimentamos ao mesmo tempo. Isto me faz lembrar
também de Émile Durkheim (1858 – 1917), sociólogo francês que falou sobre o
Fato Social, formador de nossa consciência coletiva, e que obedece a três
critérios importantes: generalidade, externalidade e coercitividade. Ou seja, uma vez estabelecido o fato social,
ele passa a ser uma “entidade” externa, de ordem geral, com força própria e muitas
vezes esmagadora em sua coerção. Não deixa de ser muito parecido com os campos
mórficos, não é mesmo?
Você diz que a medicina
tradicional tirou a mente de seu currículo. Sim, é lamentável isso, mas
conteúdos científicos “novos” e inegáveis como os campos mórficos vêm quebrar
esses engessamentos na área da saúde, de forma que, em algum não tão distante
momento da humanidade, a transformação de paradigma se estabelecerá! Você
também me questiona se é um sonho a integração definitiva entre mente e corpo de
forma a conseguirmos uma sensação de bem-estar perene. Não, não é um sonho,
porque sonhos são tão reais quanto a realidade material concreta que nos
caracteriza esse nível evolutivo! Estamos há, sei lá quanto tempo linear
caminhando para isso, sem sombra de dúvidas!! E já estamos experimentando essa
nova realidade em muitas teorias, experimentos e vivências pessoais e
coletivas!
Quanto ao diálogo entre a
medicina e a psicologia, graças a Deus e ao amor pelo que fazemos estamos aqui,
nessa oportunidade sublime de redenção para estabelecermos em nosso Pinga Fogo
Quântico um lugar mais saudável e coerente com as leis cósmicas para o que
chamamos SAÚDE!! Penso que num futuro próximo, não haverá grandes separações em
títulos e práticas – estaremos todos INTEGRADOS!!
Quando você fala de realidade
fundamental, acredito que aí está a CURA para todos os males de toda ordem!!
Também nos campos mórficos, que nos circundam e entrelaçam, estão os arquétipos
fundamentais de tudo o que há. Projetos imagéticos e vibracionais de Deus - Fonte
de infinitas possibilidades para a consciência transformar em ato, em
experiência. Infinitas imagens com
significado para nossa consciência acessar e passar a vibrar nessa harmonia.
Quanto mais acessarmos essas imagens informacionais que nos aproximam da
Divindade, mais estaremos vibrando em consonância com a Harmonia Primordial.
Tenho feito esse experimento num
grupo, onde buscamos acessar esses arquétipos fundamentais através da Meditação
e Constelação dos mesmos. Tem sido absolutamente valoroso verificar o quanto
essa aproximação soluciona, como num passe de mágica, uma infinidade de
conflitos de toda ordem. Obviamente, não é o experimento em si que reequilibra,
mas o reencontro com essas imagens de Deus, digamos assim, que nos levam
diretamente para a Fonte. E, quando estamos na Fonte, estamos saudáveis!! Quero
abrir um parêntese para esclarecer que há os arquétipos primordiais, e também suas
distorções, que fomos construindo mentalmente ao longo de nossas existências e
que exercem influencia direta em nós e em toda a natureza. Mas, os mais saudáveis ainda são aqueles que
vieram da Fonte, e que chamamos aqui de Fundamentais.
Sim, não temos consciência do que
podemos realmente escolher porque nem estamos, em maioria, interessados nas
“verdades” que nos circundam! Veja você, a preguiça e o orgulho que impedem a
humanidade de mergulhar em sua origem e nas leis que a regem! Falar de física
quântica então gera muito desconforto ainda, e nem sequer faz parte do currículo
escolar e das conversas em família! Precisamos construir espaços para mais e
mais discussões como essas, urgentemente, principalmente dentro de nós mesmos e
a partir da infância!! Isto também leva à cura e à erradicação de tantas
incoerências que vivenciamos.
Uma das personalidades mais
fantásticas que passaram pelo planeta, na minha opinião, foi o indiano
Yogananda. Quando leio seus trabalhos verifico nossos estudos de física
quântica ipsis literis e muito mais.
Como um mestre que atingiu a iluminação, foi capaz de percepções profundíssimas
sobre a verdade que nos forma e mantém, diretamente da Fonte. Em uma de suas
lições, afirma que nossa “alma se expressa como ego ao cair no estado ilusório
de identificação com o corpo físico”. A princípio parece que a alma
expressar-se como ego é um grande problema, até porque, na maioria das
religiões, o que vem do ego e do corpo físico é duvidoso, sombrio e distante de
Deus. Houve épocas em que muitos, desejosos da iluminação, acreditavam no
princípio de macerar o corpo para espiritualizar-se. Mas essa atitude, só
manteve a ilusão da dualidade! Quando você afirma que “o mundo externo dos
objetos é feito da mesma substância do mundo interno das ideias”, essa é grande
“sacada” que devemos ter. Ego e Eu vêm de um mesmo lugar. E quando o ego está a
serviço do Eu, maravilhas ocorrem! Porque tudo vem de Deus. O objeto mais
aparentemente material e sem vida guarda em si manifestações de feixes de
pensamentos da Inteligência Infinita, Deus! Absurdamente contraditório e
incoerente insistirmos na ideia da separação mente-corpo, matéria-espírito,
interno-externo. Enquanto continuarmos a pensar assim, estaremos fortalecendo maia (ilusão) e adoecendo de variadas
formas.
O grande “A-há”, o qual devemos
vivenciar de uma vez por todas e infinitamente, é experimentar a consciência da
não-dualidade. Assim, nos perceberemos nessa Lîlâ (palavra em sânscrito que
significa Balé da Criação), experimentando tão somente, EQUILÍBRIO. NÓS SOMOS
TUDO AO MESMO TEMPO: matéria, energia, consciência, inconsciência, mente, corpo.
Sim, essa visão do todo é difícil de ser aceita e vivenciada, mas, apenas
porque estamos viciados na dualidade. Façamos um esforço até alcançarmos essa
verdade e experimentaremos a luz! A prática diária e profunda da Meditação é um
caminho eficaz e rápido para obtermos essa certeza!! O aprofundar-se em
questionamentos sobre “de onde viemos”, “para onde vamos”, “quem somos de
fato”, a revelação de nossa própria sombra e o acesso aos arquétipos
primordiais, também!! Mas, antes de tudo isso, precisamos trabalhar para que o
medo não nos impeça de mergulhar fundo onde devemos ir. Acredito hoje que as
duas grandes dualidades aparentes são o Amor e o Medo. O amor é amor apenas, em
toda sua magnitude. Já o medo tem zilhões de máscaras: amor doentio, posse, orgulho,
egoísmo, inveja, competição, violência, negação, vitimização, perseguição,
mentira, doenças, etc. O primeiro e mais importante passo é utilizarmos nossa
força vontade para irmos além de nós mesmos, rompendo com tudo o que não serve
mais para nossa evolução. Esse rompimento nos levará a uma maior sutilização.
Querido amigo, eu não poderia me
esquecer da alimentação. Não quero fazer apologias a essa ou àquela dieta, mas
devemos repensar o que ingerimos definitivamente. Considerando que os alimentos
também carregam informações e o que comemos também é fruto de campos mórficos e
também produz campos mórficos, precisamos urgentemente rever nossa dieta diária
e ficarmos coerentes com essa necessidade de sutilização do corpo físico. E não
estou dizendo isto apenas por conta da comida em si. Falo também o quanto somos
coniventes com práticas que já deveriam ter sido extintas há muito tempo, por
exemplo, essa matança absurdamente violenta de animais, como se fosse algo
realmente normal de ocorrer. Você já visitou um matadouro de bois, uma granja
de aves ou de porcos? Como aceitar que quando se come a carne de aves ou
mamíferos estamos isentos de ingerir toda a energia violenta produzida? E a
quantidade de hormônios sintéticos adicionados? Não aceito mais a questão de
que se não comermos carne ficaremos anêmicos. Eu não como e estou muito bem de
saúde! E quando penso que em outras épocas de muita inconsciência egoísta eu já
comi, ainda sinto uma vergonha profunda na alma por ter me distanciado da
sabedoria divina no que tange à alimentação. Isso sem falar nos refrigerantes e
nos alimentos com conservantes, que já deveriam ter sido eliminados pelo FDA. Falamos
sobre evolução, mas temos muito o que modificar em nossas culturas. Devemos
parar de nos justificar dentro de uma mentira megalomaníaca disfarçada de
desenvolvimento. Não há como falar em Consciência, muito menos vivenciá-la sem
eliminar o vício de justificar os atos contrários à Vida. Sim, as mudanças são
gigantes e precisam ocorrer nos mínimos detalhes!!
Essas atitudes favorecerão a
modificação de campos mórficos, que por sua vez modificarão o código genético,
gerando uma transformação fantástica em todos nós e no Planeta!! E esse é o
nosso trabalho! Não acredito que reencarnamos para resgatar na culpa e na
vitmização os erros do passado! Isso apenas nos mantém na repetição de padrões.
Creio que voltamos ao corpo físico para resgatarmos através das mudanças
profundas em nossa maneira de ser, agir e pensar! Não podemos mais nos
desculpar infantilmente, dizendo que “não somos perfeitos”, “somos humanos”, “é
difícil”, “fica para a próxima”, “Deus é eterno perdão”, “a evolução não pára
de acontecer”, “não regredimos nunca”, etc e etc!! Particularmente, o que a
Quântica me ensinou é que a responsabilidade é toda minha e que, uma vez que
venho de Deus, sou Deus e preciso me esforçar incessantemente para voltar à
minha origem e permanecer nela!! Não temos desculpas plausíveis para adiarmos
fazer o que deve ser feito!! “Despertar é assim”, dá trabalho, ehehe!!
Fico no aguardo da manifestação
de nossos leitores sobre os nossos diálogos e à espera, sempre marcante, de
mais uma cutucada!!
Um grande abraço de luz a todos!!
09/01/2013
Amiga
Paula Baccelli,
Estou
aqui de novo tentando provocá-la em comentários para extrair mais conhecimentos de seu processamento
consciente. Claro que sei que esse processamento consciente que você desenvolve e que eu faço
nesse momento, escrevendo essas palavras, são
alimentadas por um processamento muito mais poderoso que chama-se:
processamento inconsciente. Não é de hoje, e você sabe muito bem disso, que vários estudiosos tentam compreender como essas "forças subterrâneas" coordenam e determinam
o comportamento e processamento consciente. Talvez, nós estejamos nesse processo tentando contribuir com os princípios quânticos da hierarquia entrelaçada, não localidade quântica e descontinuidade.
Já discutimos anteriormente o quão importante é a sinceridade e a honestidade
no processo de autoconhecimento e "mergulho" nos aspectos reprimidos
e esquecidos do processamento consciente. Porém,
e é um grande porém, a própria sinceridade e honestidade
são aspectos da psique que
sofrem autoengano e autosabotagem constantemente. Conseguimos mascarar ou
"explicar" racionalmente nossas mazelas em mecanismos complexos de
redes neurais que acabam justificando o comportamento a ponto de transgredir
determinadas regras sociais e de vivência coletiva apenas para
satisfazer esse comportamento. Acredito, sinceramente, que tudo isso tem papel
importantíssimo no processo de adoecer e
de saúde. A biologia também é coordenada por esse
processamento inconsciente que vem sendo desvendado por avanços nos laboratórios de neurociências.
Temos um
trabalho a ser feito. Jamais na história da humanidade presenciamos
uma gama de informações tão importante como a que presenciamos hoje. Trabalhar com os
arquétipos supramental que
alimentam o processamento inconsciente para podermos criar uma realidade
diferente no processamento consciente. Será que é isso, Paula? Meditação e outras ferramentas disponíveis como o próprio psych-K podem modificar o
sistema de crenças inconsciente e alterar o
comportamento e biologia. Sabemos que estamos todos interconectados em um campo
fundamental. Apenas ainda nem todos nós nos comportamos sob a influência dessa compreensão. Vivemos um momento em que há um aumento da complexidade de todos os sistemas. Estamos
observando um choque entre complexidades, seja a nível interno e particular (Individual) e em nível externo (coletivo). Sempre, quando há um desnível entre complexidades, há uma mudança importante nas condições da evolução da consciência. Será que estamos observando esse
desnível atualmente? Os estudiosos
da complexidade afirmam que sim. Então, como o impacto da minha
transformação interna pode ajudar na
transformação externa? Preciso ser
persistente e manter-me motivado para essa transformação? Com a vez minha amiga Paula Baccelli com suas palavras
do processamento consciente coordernadas pelas "forças subterrâneas" do seu
processamento inconsciente. (hehe).
Abraços fraternos e Feliz 2013?
Milton
Querido amigo!
De volta para um dos trabalhos mais prazerosos de realizar:
nosso Pinga Fogo Quântico.
Primeiramente quero desejar a você e a todos os leitores um
2013 de muita profundidade na alma, corajosamente mergulhando na Sombra e
apropriando-se da Essência.
Sim, para mim, é fato indiscutível que os processos
inconscientes de nossa psique têm um papel importantíssimo e hierarquicamente
primordial em nossos movimentos de adoecer e ficarmos saudáveis. E a grande
“sacada” é trabalhar com os arquétipos que são os formadores do que chamamos
psique.
Mas antes de falar mais sobre essas imagens primordiais,
quero atentar para um outro fator importante que são os campos morfogenéticos,
trabalho desenvolvido pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake. Basicamente, estamos
falando de campos de forma e padrões. São eles que ordenam a natureza e
organizam os campos de moléculas, cristais e organismos vivos. Cada célula, por
exemplo, tem seu campo mórfico. Como são campos informacionais, eles buscam
impor padrões, apesar de a realidade básica da natureza ser caótica, ou seja,
ela não é determinada rigidamente. Podemos percebê-los como afinidades de
grupos, como nas matilhas, nos bandos de pássaros, nos laços afetivos entre os
indivíduos, nas linhagens ancestrais, nos grupos de células que formam
determinado sistema orgânico. E aqui “afinidade” é uma palavra importante, pois
é ela que é responsável pela comunicação.
Esses campos morfogenéticos são originados pelo hábito,
pelas crenças que se tornam habituais e, embora variem de estrutura, pois na
natureza nada é estático, tendem a manter padrões por milênios, pois se estendem
pelo espaço-tempo. Para Sheldrake, são eles que moldam a forma e o
comportamento de todos os sistemas do mundo material.
Traduzindo: são campos não materiais que contêm informações
quânticas que geram tudo o conhecemos, como os comportamentos, as emoções e a
matéria de um modo geral. É como a nuvem do Google, que contém todas as
informações que habitualmente são geradas por todos nós que a alimentamos, e
quando queremos acessá-la, ela pode nos fornecer muito, mas dentro dos padrões
que a formam. Ou seja, quando você cita o Psych – K, a Meditação, trabalhos de
mergulho na psique na humana como a Reintegração do Self, uma técnica que
desenvolvi para o consultório, e outros que trabalham diretamente com o
aprofundamento no universo da alma, que é essencialmente imaterial e fica
submetido a um sistema de crenças ou campo morfogenético, estamos afirmando uma
possível origem para todas as manifestações e também uma possível cura para
aquelas consideradas doentes.
Juntando esse raciocínio com o da física quântica, que
afirma que “nós criamos a nossa própria realidade”, “tudo o que há de imaterial
e material é criação mental de nossas consciências”, num exercício duplamente
individual e coletivo, podemos, se quisermos, modificar nossas “obras de arte”.
A questão, é que para isso, necessitaremos de muitas mudanças em nossos hábitos
de vida. E isso dá trabalho, e leva tempo, considerando que na expressão
material, o tempo é experienciado como finito, ehehe!
Eu acredito que desníveis na complexidade sempre se
mantiveram atuantes. Apenas que eles vão, devagar e sempre, formando uma massa
crítica que quando fica extensa pode ser percebida, como a sensação que boa
parte das pessoas têm experimentado atualmente, de que estamos em franca
transformação coletiva. O impacto da nossa transformação interna não só ajuda
na transformação externa: molda-a, pois é a modificação das informações
habituais que formam os campos morfogenéticos, que dão forma a tudo e a todos,
possibilitando a experiência de ser e existir.
Voltando aos arquétipos. Eu os vejo assim, muito bem
traduzido por meu filho, Pedro: “os sons da Criação, ordenados e ritmados,
produzem as primeiras imagens de tudo o que há”, e que vão se espalhando pelo
campo das infinitas possibilidades para a consciência escolher como experiência
“real”. Como os Universos são caóticos em sua essência e vivem em processo de
interpenetração uns dos outros, novos arquétipos estão sempre surgindo e os
“velhos” se modificam. Vejo Deus, a Fonte da Criação Infinita como um grande
artista e nós, seres pensantes e atuantes no exercício mental como seus
permanentes co-criadores.
Quanto mais nos conscientizarmos dessa realidade e agirmos a
partir dela, mais modificaremos as informações nos campos morfogenéticos. Isso
permitirá que acessemos novos arquétipos que renovarão os campos informacionais
e com isso, a experiência da materialidade será diferente. Modificar hábitos,
crenças e conceitos mexe diretamente nas informações dos campos e, portanto, em
tudo o que eles mantiverem e criarem, inclusive nós e as novas gerações.
Manter-nos motivados e atuantes nessa transformação é nosso
dever. Podemos até atrasar essa escolha, a de abraçarmos essa causa
conscientemente, mas inevitavelmente chegaremos lá. Encorajemo-nos no mergulho
da alma. Existem técnicas excelentes e comprovadas cientificamente para
isso.
O processos inconscientes só permanecem assim porque nós
permitimos. Dificuldade não é desculpa! Como crianças espirituais que ainda
somos em maioria, se for do interesse do nosso desejo, realizamos. Então,
desejo que o desejo de atuarmos conscientemente na Tela da Vida faça parte
integrante do nosso campo do coração, pois é dele que partem as informações
para o cérebro executar!
Assunto denso, complexo e minucioso, sobre o qual, com certeza,
continuaremos a “assuntar”, ehehe!
Grande abraço a todos!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário