Mahatma Gandhi (1869-1948) |
As
pessoas têm se manifestado, expondo seus pontos de vista sobre as manifestações
de marcha que têm ocorrido no Brasil, uns contra e outros a favor. E é gratificante a liberdade de expressão que podemos experimentar nos dias de
hoje! Assim, vou formalizar aqui a minha opinião. Peço apenas que o meu texto
não se torne objeto de discussões que possam gerar desavenças, pois não é esse
o meu propósito. Algumas pessoas me perguntaram sobre o meu olhar e quero apenas lhes responder .
Na
quinta-feira passada, minha escolha para contribuir com o momento inegavelmente
histórico de nosso país, foi manifestar-me não localmente, como dizemos na Física Quântica (à distância, mas com
presença ativa sutil). Fiquei das 17h às 18h30 em meditação, vibrando para que
tudo ocorresse bem, em paz e com segurança para meu marido e filho e todos
aqueles que escolheram participar da marcha. Minha família experimentou duas
possibilidades de contribuição e fiquei muito feliz e grata quando eles
retornaram e relataram sua satisfação e emoção com a atuação pacífica de nossa
cidade: Uberlândia MG. Obviamente, eu também me sinto triste e absolutamente discordante
com os rasgos de violência que têm se manifestado em algumas marchas. Nunca fui
a favor de violência por razão alguma e penso que devemos separar o “joio do
trigo” sempre, inclusive nesse momento delicado que vivemos. Manifestantes e
vândalos têm sintonia e propósitos diferentes, embora possam estar no mesmo
lugar em algumas situações. Penso que devemos evitar o julgamento. Creio que
nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito para a Divindade Maior, afinal, “nenhuma
folha cai sem a permissão de Deus”! A maioria de nós não tem evolução de
consciência suficiente para afirmar a respeito de nada, nem ninguém, a ponto de
julgarmos o que quer que seja. Precisamos fazer um esforço para olharmos “muito
além do bem e do mal”, apesar da dificuldade gerada pela estrutura de pensamento dualista
que ainda temos. Acredito em Almas Superiores Missionárias encarnadas e posicionadas
em todos os lugares para um bem maior. Sou grata a muitas pessoas que considero
conscientes, amorosas e coerentes estarem participando efetivamente das
marchas. Eu as vejo como protetores infiltrados no movimento de transformação
inevitável que estamos vivenciando coletivamente e mundialmente. Parabéns pela
coragem de se exporem a possíveis perigos, mantendo seu foco na organização
pacífica. Alguém precisa fazer esse papel para dissolvermos de vez quaisquer
possibilidades de violência e continuarmos a exercer o direito e o dever de
realizarmos uma revolução. Sei que muitos temem essa palavra e seu significado,
mas ela está presente em nossos atributos e atuações – revolução do pensamento,
da consciência, do amor, da ciência, da espiritualidade, da cultura, dos sentimentos e
emoções, do paradigma vigente, da política, das crenças e valores, da ordem
mundial e etc.
Fiquei
muito emocionada ao assistir na TV a marcha das crianças em algumas cidades.
Elas me lembraram de Gandhi e sua Satyagraha, forma não violenta de protesto
como um meio de revolução. Acredito que essas marchas-mirim fizeram um grande
resgate do Mahatma e seus seguidores e realizaram uma grande contribuição para
ensinar aos adultos como melhorarem as deles. Mesmo que a maioria não incorpore
o exemplo infantil de pronto, é impossível não reverenciar a geração de massa
crítica que eles realizaram hoje. Gratidão aos pais, por nos oferecerem seus
filhos! Os índigos “quebram” e as crianças cristal reconstroem num nível
acima!!
Falando
nisso, acompanhando as redes sociais, tenho lido muito sobre a “força devastadora
dos índigos” que vêm para quebrar a estrutura velha, mas não sabem exatamente pelo
que estão lutando e protestando, nos colocando em "perigo". Penso que há muitos índigos que têm GPS sim, e
creio ser por causa deles que estamos vivenciando esse momento de transformação.
Na marcha, minha família encontrou e se uniu a muitos deles, vibrando amor,
coerência e paz! E deu certo!
Uma
última consideração, apesar de eu não ser “expert” em política e ainda
desejando a experiência de Satyagraha para todos os que forem às ruas. Para mim
está muito clara a causa do movimento, embora ela tenha se manifestado em
diversos temas. Estamos, cada um a seu modo e na sua condição de compreensão,
manifestando a favor do fim de séculos de abusos absurdamente violentos por
parte daqueles que se responsabilizaram pela governabilidade de nosso país. Não
me atrevo a afirmar que esse é o fim da hipocrisia, nem que todas as formas de
manifestação são boas e construtivas. Mas, não posso e não quero fechar os
olhos para o aspecto “chacoalhador” de tudo isso!
Peço
desculpas pelo longo texto! Eu escolho continuar vibrando amor, consciência, paz
e coerência para todos nós, sem querer que minha forma de pensar seja
excludente ou definitiva. Desejo que possamos nos unir na base, que no fundo, quando retiramos as camadas do ego, é a mesma –
transformação para um mundo melhor. Compreendo a necessidade da variedade de formas de atuação para
o Universo continuar expandindo e evoluindo, para que possamos cumprir nosso
compromisso coletivo. Contra ou a favor disto ou daquilo, de fato, estamos
todos focados nesse momento intenso de nossa querida humanidade do Planeta Terra.
Façamos o nosso melhor e que ele seja o suficiente para nos fazer saltar para
além da forma. E, relembrando a história do grande Mahatma que libertou a Índia, assistam ao filme que foi feito em sua homenagem em 1982, com o ator Ben Kingsley.
Paula Márcia Baccelli
Paula, excelente texto!!!
ResponderExcluirObrigada Luciana!!
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