quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quando Medos e Sonhos Colidem

Por Getty Images
Tenho pensado muito nesse momento, quando “os medos e os sonhos devem colidir”, como na belíssima música “Let me fall” do Cirque Du Soleil, apresentada no show Quidam. Na verdade, lembrando de minhas experiências desde que cheguei nessa vida, há 41 anos atrás, o tempo todo nossos medos e sonhos se esbarram, como que “medindo forças” para ver quem será o escolhido.
         E olha que, para aqueles que acreditam que esta não é a única passagem nossa pelo Planeta, nem a primeira ou a última, então podemos supor que já nascemos tendo que escolher entre sentir medo ou realizar nossos desejos. A questão é que escolher pela realização não é tão simples assim, pois essa escolha, que deveria depender apenas da nossa vontade está impregnada de dramas pessoais, muitas vezes mais complexos do que gostaríamos e que nos impedem de virarmos as costas para os medos.
         Nossa memória é abundante de lembranças dolorosas que ficam nos dizendo: cuidado, desista, você não é capaz, você não merece etc. É claro que as experiências boas também ocupam seu lugar, mas é incrível como nos apegamos mais à dor do que ao prazer. Estamos condicionados a sentir mais a presença do sofrimento do que a da alegria e satisfação. Então, precisamos empreender esforços para sair desse lugar!
Uma boa prática é construir novas conexões neurais. Para isso, é necessário observarmos o que vem primeiro: pensamentos de fracasso ou de sucesso? Se forem os primeiros, um mecanismo interessante e que funciona é dizer assim para si mesmo: e o que vem depois? O que vem depois você escolherá, e a melhor pedida são pensamentos positivos que contradigam os negativos.
Mas, só ter pensamentos positivos não é o suficiente para novas conexões neurais. É preciso ­­trabalhar o lado não racional do cérebro, oferecendo imagens e sensações novas, pois o que queremos de fato com tudo isso é atingir nossa Alma, que nem de longe é intelectual! Então, contemple beleza e bondade. Ouça sons que elevem suas emoções - conversas banais e músicas chulas estão proibidas. Leia algo que lhe promova espiritualidade e conscientização. Assista àquilo que o impregne de compaixão e alegria. Deixe sair de sua boca apenas o que ajude a crescer. Ou seja, aprenda a escolher o melhor para você, fora do ambiente zumbi de “Homer Simpson” onde os “poderosos” insistem em nos trancafiar. E, a ação mais importante de todas, mergulhar profundamente em si mesmo,  que pode ser feito de várias formas, inclusive através de um processo terapêutico sério e eficiente, que deveria ser encarado pelas pessoas como um investimento, assim como tantos outros investimentos que estamos acostumados a bancar: casa, carro, viagens de lazer, roupas e acessórios de marca etc.
De qualquer forma, quando os medos e os sonhos colidirem e você se sentir caído e preso no fundo de um poço, pare! Feche os olhos e respire profundamente e deixe-se inundar pelo silêncio, pois somente no silêncio é que conseguimos ouvir nossa essência e mergulhar na Fonte Divina de todas as possibilidades que estão por aí, à nossa espera para fazê-las “colapsar”, como dizemos na Física Quântica, ou simplesmente, ACONTECER.
Nenhuma escolha feita a partir do ego pode ser comparada àquela feita a partir do Eu, do Self. Medite sempre e fique aberta, aberto para novas experiências que os cinco sentidos normais não conseguem nos oferecer.
Coragem e muito trabalho para você!

Paula Baccelli

Mathieu Lavoie em Let Me Fall


3 comentários:

  1. Muito pertinente seu artigo Paula. Ele me fez pensar no quanto (para muitos e para mim também) é mais cômodo e prático cultivar o medo, ainda que ele nos leve ao tédio e a outras formas de conflitos, do que enfrentar o novo, fazer diferente, realmente mudar, só pra ver no que vai dar. Vai que mudando a gente realmente não encontra a felicidade, a saúde, a paz, o amor... Enfim... Abraços

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    1. Obrigada Sophia!É verdade, somos as pessoas mais acomodadas do mundo em muitos aspectos, ehehe! Mas, acredito que, cedo ou tarde, inevitavelmente nos cansaremos e assumiremos o salto quântico da consciência. Porque vida é movimento, e esse permeia nossa essência!
      Grande abraço!

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  2. Paula,
    Excelente texto!
    Deve ser lido varias vezes.
    Parabens!
    Um grande abracao!

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