Diálogos entre Paula Baccelli e Milton Ferlin Moura. Discorrendo sobre temas diversos envolvendo a Física Quântica e ciências afins, na forma de um bate-bapo! Divirtam-se!!!
Amit Goswami
"Não escolhemos com total liberdade a partir de nossa consciência local, ou ego individual, mas a partir de uma consciência cósmica não local e não comum."
Constelação Sistêmica
"Algumas nações americanas nativas acreditam que, quando o indivíduo se cura, curam-se sete gerações passadas e sete gerações futuras."
Falar de transformação, mudança, novo paradigma ou qualquer inovação, necessita a compreensão daquilo que é básico para um padrão de frequência informacional!
Sim, porque vivemos mergulhados num Campo de Informações!
Um campo informacional é gerado pelas experiências de todos nós e os significados que atribuímos a elas! Experiências estas que dependem do nosso acesso a um universo imagético arquetípico (holografia de tudo o que há), repleto de possíveis significados para a consciência escolher os mais adequados e manifestar em atos.
Neste momento coletivo, algo bom para se fazer, é buscar acessar significados melhores, mais saudáveis e transcendentes para os Arquétipos. Principalmente, Bondade, Verdade, Amor, Justiça e Beleza (entenda beleza por harmonia, estética saudável, e não os modismos culturais neuróticos).
O caminho está em "descer" em si mesmo, corajosamente, profundamente!
Somos feitos das mesmas informações primordiais que deram origem a tudo que conhecemos e também desconhecemos. Viemos da Fonte das Infinitas Possibilidades!
E, ao longo do tempo, distorcemos as imagens arquetípicas primordiais, submetendo seus significados ao ego e manifestando as doenças, neuroses, conflitos, preconceitos, violência, miséria, desequilíbrios em geral.
Precisamos urgentemente retornar à Fonte se quisermos assumir a responsabilidade pela solução definitiva dos problemas da Terra, que só existem a partir de nós mesmos!
Medite, olhe de frente para a sua Sombra e disponibilize-se sinceramente para fazer melhor e diferente, em benefício de si e dos outros!!!
Este curta metragem, ganhador do Oscar de 2014, fala um tanto sobre isto:
Texto escrito por ocasião do curso Arte da Ponte, de Annie Rottenstein, 2013
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Há muito tempo que não travo diante de um texto! Neste
momento, são 21:36 do dia 05 de abril de 2013, véspera do segundo módulo do
nosso curso. Momento em que, num outro contexto, eu estaria me preparando para
dormir para viajar cedinho no dia seguinte! Mas, tenho que admitir o quão
difícil estava entrar em contato com Perdas.
Mergulhando em mim, comecei a me deparar com memórias muito
antigas e deixei as imagens dançarem na minha mente à vontade. Geralmente não
tenho memórias da infância, e até me acostumei com isso. Mas, hoje, cenas muito
interessantes vieram à tona.
05 anos, primeiro dia de escola, superanimada para brincar.
Professora, tia Elza (lembrei até o nome) no meio da aula, humilha um
coleguinha de óculos que fez xixi na roupa na frente de todos nós. Perda:
segurança, alegria e espontaneidade.
09 anos, abuso sexual, por alguém em quem eu confiava. Perda: amor próprio, inocência,
segurança, espontaneidade, sexualidade saudável, confiança e alegria. Nessa época ainda
não incluía meus pais na responsabilidade do acontecido. Certamente isso me fez vigiar incansavelmente meus filhos. Salvei o dito cujo de
uma possível prisão, salvei os pais de uma culpa e guardei isso comigo até os
15 anos, quando conheci meu marido. Precisei rapidamente contar a ele, porque
tinha uma fantasia de que eu não merecia ninguém porque estava “manchada”!
13 anos, fim do primeiro namorico de escola. Ele me trocou
por outra, e as meninas ficaram cochichando por muitos dias durante o recreio:
“Foi por causa do cabelo de abelha dela, hahah!”. Perda: confiança, amor
próprio, espontaneidade, segurança e alegria.
19 anos, 23 dias depois do meu casamento, acidente de carro
onde estávamos eu, meu marido e os pais dele. Morrem meus sogros. Perda: Chão, segurança,
alegria de recém-casada, confiança na vida.
35 anos, faliu a empresa do meu marido, que nos sustentava.
Perda: Chão, vontade de viver, acreditei que estava marcada para sofrer!
Detalhe: meu pai quebrou também, portanto perdi o apoio, já com dois filhos
para criar.
Hoje, 42 anos, ainda pagando dívidas, sem casa própria,
prestação de carro, ajudando meus pais. Perdas: perdi o medo, a
superficialidade, a covardia, o exercício da vitimização, o orgulho, o egoísmo,
a preguiça, a birra com a vida, a desconfiança da vida e de Deus, o vício da
negatividade e do julgamento do outro, as falsas ilusões, a ingratidão, a
rigidez, abracei minha profissão, expandi minha fé, cortei jogos de poder e
relacionamentos neuróticos e psicóticos, encontrei um Guru Espiritual, Yogananda e estou EXTREMAMENTE FELIZ!!
Nada como um dia após o outro e a sinceridade da busca pela
transcendência! Posso afirmar que experimentei o fundo do poço, até pensei em
suicídio, mas fui capaz de me reerguer, ressignificando o significado das
perdas. Aprendi que de real só existem as escolhas que faço, consciente e
inconscientemente o tempo todo. E que crio e experimento a realidade ao mesmo
tempo, pois essa é a minha tarefa para que Deus continue expandindo e evoluindo
a sua Consciência Suprema.
Compartilhando salto quântico com vocês, ao som de Deliver Me (Livra-me), de Sarah Brightman:
Passei por um longo momento de êxtase espiritual quando ouvi esse texto. Ele é mais uma prova de que a Verdade Universal é alcançada por todos aqueles que se disponibilizam com Amor. Esse Brasileiro querido, também Índio Tapuia, nos ensina de Física Quântica a Espiritualidade nessas palavras que tocam fundo nosso coração e nos impelem à responsabilidade do Observador: aquele que cria e é criado ao mesmo tempo. Elevem-se!!
Por Kaká Werá Jecupé (Índio de origem tapuia, escritor, ambientalista,conferencista, terapeuta social e brasileiro da melhor estirpe)
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"Quando se percorre o caminho do guerreiro, o aprendizado baseia-se na seiva da memória que percorre as raízes, passando pelo tronco, aos galhos e folhas dessa árvore da vida que busca o sol. Como já disse, pela memória sabe-se que tribo e espírito acontecem juntos. O espírito acontece dentro de você, e você é uma interconexão de muitos. No caminho do guerreiro, cabe a você discernir os seus muitos, os verdadeiros e os falsos. O que foi tecido pelos fios divinos e o que foi tecido pelos fios humanos. Cabe a você des-a-fiar. Quando você principia a discernir, você torna-se um txukarramãe, ou seja, torna-se um guerreiro sem armas.
Por quê?
Os fios tecidos pela mão do humano formam pedaços vivificados pelo seu espírito, passando a fazer parte da tribo. Por isso numa tribo existiram o canibal, o homem-morcego, o usurpador, o vaidoso, o orgulhoso, o conquistador. Foi tecido pelo poder de criar que a mão manifesta. Foram criados pela sua palavra. Esse é o poder do popyguá que nos foi dado. Essa mão gerou todos os tipos de criação . E quando você descobre que muitas coisas que fazem parte de você, para se defender do mundo externo, na verdade foram geradas pela sua própria mão, da matéria indelével que é o pensamento, então você descobre a raiz da questão. Busca discernir em seu momento o que você tem feito de você e como é sua dança no mundo. Assim, desapega-se aos poucos das armas, que são criações feitas para matar criações. De repente descobriu-se que, quando se pára de criar o inimigo, extingue-se a necessidade das armas.
O espírito aqui é noite e dia, como já vimos, e mais tudo aquilo que sua mão teceu, fio por fio. Então, você percebe que o espírito manchou-se de criações impróprias, de si próprio. Esse é o risco do percurso da alma-luz, e é natural. Isso acontece na grande noite da alma, quando ela esquece de se enxergar, luz que é, quando não se invoca a sabedoria da coruja, que vê no escuro. Então, de tempos em tempos, o espírito busca purificar-se - isso faz parte do caminho do guerreiro. Pela memória ancestral sabemos que a solidão e as sombras fazem parte da tarefa; quando o caminho se encruzilha, é justamente com eles que se intensificará o ponto de maturação do espírito.
Quando se caminha para a consciência do espírito, caminha-se para a consciência da tribo. Da mesma forma que Namandu(O que Tem Muitos Nomes, o Grande Espírito), desdobra-se em muitos e sustenta sua presença-luz tanto na gota do orvalho quanto na soma das galáxias, o ser humano faz o caminho do dobrar-se para a unificação com Ele. Assim é que tudo pulsa e flui. E o espírito humano desdobrou-se, separou-se, para dobrar-se diante Daquele que Foi-É-Será.
(Retirado do livro do autor, "A Terra dos Mil Povos".)
As
pessoas têm se manifestado, expondo seus pontos de vista sobre as manifestações
de marcha que têm ocorrido no Brasil, uns contra e outros a favor. E é gratificante a liberdade de expressão que podemos experimentar nos dias de
hoje! Assim, vou formalizar aqui a minha opinião. Peço apenas que o meu texto
não se torne objeto de discussões que possam gerar desavenças, pois não é esse
o meu propósito. Algumas pessoas me perguntaram sobre o meu olhar e quero apenas lhes responder .
Na
quinta-feira passada, minha escolha para contribuir com o momento inegavelmente
histórico de nosso país, foi manifestar-me não localmente, como dizemos na Física Quântica (à distância, mas com
presença ativa sutil). Fiquei das 17h às 18h30 em meditação, vibrando para que
tudo ocorresse bem, em paz e com segurança para meu marido e filho e todos
aqueles que escolheram participar da marcha. Minha família experimentou duas
possibilidades de contribuição e fiquei muito feliz e grata quando eles
retornaram e relataram sua satisfação e emoção com a atuação pacífica de nossa
cidade: Uberlândia MG. Obviamente, eu também me sinto triste e absolutamente discordante
com os rasgos de violência que têm se manifestado em algumas marchas. Nunca fui
a favor de violência por razão alguma e penso que devemos separar o “joio do
trigo” sempre, inclusive nesse momento delicado que vivemos. Manifestantes e
vândalos têm sintonia e propósitos diferentes, embora possam estar no mesmo
lugar em algumas situações. Penso que devemos evitar o julgamento. Creio que
nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito para a Divindade Maior, afinal, “nenhuma
folha cai sem a permissão de Deus”! A maioria de nós não tem evolução de
consciência suficiente para afirmar a respeito de nada, nem ninguém, a ponto de
julgarmos o que quer que seja. Precisamos fazer um esforço para olharmos “muito
além do bem e do mal”, apesar da dificuldade gerada pela estrutura de pensamento dualista
que ainda temos. Acredito em Almas Superiores Missionárias encarnadas e posicionadas
em todos os lugares para um bem maior. Sou grata a muitas pessoas que considero
conscientes, amorosas e coerentes estarem participando efetivamente das
marchas. Eu as vejo como protetores infiltrados no movimento de transformação
inevitável que estamos vivenciando coletivamente e mundialmente. Parabéns pela
coragem de se exporem a possíveis perigos, mantendo seu foco na organização
pacífica. Alguém precisa fazer esse papel para dissolvermos de vez quaisquer
possibilidades de violência e continuarmos a exercer o direito e o dever de
realizarmos uma revolução. Sei que muitos temem essa palavra e seu significado,
mas ela está presente em nossos atributos e atuações – revolução do pensamento,
da consciência, do amor, da ciência, da espiritualidade, da cultura, dos sentimentos e
emoções, do paradigma vigente, da política, das crenças e valores, da ordem
mundial e etc.
Fiquei
muito emocionada ao assistir na TV a marcha das crianças em algumas cidades.
Elas me lembraram de Gandhi e sua Satyagraha, forma não violenta de protesto
como um meio de revolução. Acredito que essas marchas-mirim fizeram um grande
resgate do Mahatma e seus seguidores e realizaram uma grande contribuição para
ensinar aos adultos como melhorarem as deles. Mesmo que a maioria não incorpore
o exemplo infantil de pronto, é impossível não reverenciar a geração de massa
crítica que eles realizaram hoje. Gratidão aos pais, por nos oferecerem seus
filhos! Os índigos “quebram” e as crianças cristal reconstroem num nível
acima!!
Falando
nisso, acompanhando as redes sociais, tenho lido muito sobre a “força devastadora
dos índigos” que vêm para quebrar a estrutura velha, mas não sabem exatamente pelo
que estão lutando e protestando, nos colocando em "perigo". Penso que há muitos índigos que têm GPS sim, e
creio ser por causa deles que estamos vivenciando esse momento de transformação.
Na marcha, minha família encontrou e se uniu a muitos deles, vibrando amor,
coerência e paz! E deu certo!
Uma
última consideração, apesar de eu não ser “expert” em política e ainda
desejando a experiência de Satyagraha para todos os que forem às ruas. Para mim
está muito clara a causa do movimento, embora ela tenha se manifestado em
diversos temas. Estamos, cada um a seu modo e na sua condição de compreensão,
manifestando a favor do fim de séculos de abusos absurdamente violentos por
parte daqueles que se responsabilizaram pela governabilidade de nosso país. Não
me atrevo a afirmar que esse é o fim da hipocrisia, nem que todas as formas de
manifestação são boas e construtivas. Mas, não posso e não quero fechar os
olhos para o aspecto “chacoalhador” de tudo isso!
Peço
desculpas pelo longo texto! Eu escolho continuar vibrando amor, consciência, paz
e coerência para todos nós, sem querer que minha forma de pensar seja
excludente ou definitiva. Desejo que possamos nos unir na base, que no fundo, quando retiramos as camadas do ego, é a mesma –
transformação para um mundo melhor. Compreendo a necessidade da variedade de formas de atuação para
o Universo continuar expandindo e evoluindo, para que possamos cumprir nosso
compromisso coletivo. Contra ou a favor disto ou daquilo, de fato, estamos
todos focados nesse momento intenso de nossa querida humanidade do Planeta Terra.
Façamos o nosso melhor e que ele seja o suficiente para nos fazer saltar para
além da forma. E, relembrando a história do grande Mahatma que libertou a Índia, assistam ao filme que foi feito em sua homenagem em 1982, com o ator Ben Kingsley.
Maravilhoso esse texto!! Revelação Divina de 26 de junho de 1931, por Masaharu Taniguchi, da Seisho-No-Ie. Provando que, o que hoje conhecemos como paradigma da Consciência na Física Quântica e teoria das Supercordas, é sabedoria milenar e presente no registros sutis do Universo!!
"Teu corpo carnal é uma música executada por tuas cordas mentais. Pensar que a Vida se instala no corpo carnal é um dualismo, e não a Verdade. A rigor, a Vida é que manifesta o corpo carnal segundo o gênero da música executada pelas cordas mentais. Tanto o corpo físico, como o etérico, o astral e o espiritual nada mais são que projeções da mente. Conforme o gênero da música mental, manifesta-se ora o corpo físico, ora o etérico, ora o astral, ora o espiritual. Todo ser humano perderá algum dia o corpo físico, mas isso não significa morte. O homem, sendo filho de Deus, é imortal.
Conforme mude o ritmo de tua música mental, muda a aparência de tua existência transitória; ou seja, a manifestação transitória de cada um muda conforme a mudança do ritmo mental. Ocorrendo uma grande mudança no ritmo da música mental, tua existência transitória se manifesta num outro mundo; e o corpo físico que era a manifestação do ritmo mental de até então, rapidamente de desintegra. A isto os homens chamam de morte, mas a Vida não morre. Isto equivale ao término de uma música executada pela Vida, que então passa para uma outra execução musical. Quando não chega a ocorrer uma grande mudança no ritmo da música mental executada pela Vida, mas apenas uma desafinação, dá-se-lhe o nome de doença, a qual se cura ao se corrigir o ritmo mental. Porém, por mais correto que seja o ritmo da música mental, a Vida deverá obrigatoriamente encerrar a execução e passar para o estudo de uma música mais elevada. Quero dizer que a Vida terrena deve necessariamente ter um fim. A vida terrena é música elementar. Quem termina cedo esta vida é aquele que aprendeu rapidamente a música elementar. Não fiques triste por estares em vias de terminar essa execução musical. Isso é para executares nova música, mais elevada. Antes disso, porém, virá um afinador para ajustar teu ritmo mental, o que fará tua existência transitória soar desarmonicamente. Se o corpo carnal parece desafinado antes de findar a execução musical neste mundo, é devido a essa afinação; portanto, não se trata de um descompasso verdadeiro. Passa, assim, a executar gradativamente músicas mais elevadas! Mesmo que finde a interpretação musical, o executante não morre porque ele sendo filho de Deus, é imortal."
Diálogo entre James
Hillman e Michael Ventura, publicado no livro Cem anos de psicoterapia... e o mundo está cada vez pior:
HILLMAN: Jung diz que
Individuação é ser cada vez mais si mesmo.
VENTURA: E ser cada
vez mais si mesmo implica coisas desagradáveis. Jung também afirma que nada é
mais terrível que conhecer a si mesmo.
HILLMAN: E ser cada
vez mais o que se é – a real experiência disso é um encolhimento, quase sempre
no sentido de um ressecamento, de perda de gorduras, de perda de ilusões.
VENTURA: Isso não
parece nada agradável. Por que alguém desejaria isso?
HILLMAN: Porque mudar
é uma coisa linda. É claro que não é o que diz o consumismo, mas mudar é bom. É
um grande estímulo.
VENTURA: Mudar o quê?
HILLMAN: Mudar as
falsas peles, perder a matéria incrustada que se acumulou. Soltar a casca seca.
Essa é uma das grandes mudanças. Coisas que não funcionam mais, que não
sustentam mais, que não o mantém vivo. Um conjunto de ideias que se tem há
muito tempo. Pessoas das quais, na
verdade, você não gosta, pensamentos viciados, hábitos sexuais. Estes últimos
são pontos muito importantes: se aos 40 anos a pessoa faz sexo como fazia aos
18 anos, estará perdendo algo; e se aos 60 fizer amor como fazia aos 40, também
estará perdendo. Tudo muda. A imaginação muda. Dizendo de outro modo, crescimento é sempre perda.
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Eu Poderia escolher várias
direções para discutirmos esse breve diálogo, mas minha sede é para falar sobre
profundidade e mudança de paradigma. Vivemos num mundo que tem pavor cultural
do mergulho na alma. As construções do capitalismo estão sempre voltadas para
disfarçar a necessidade de encontrarmos nossa profundidade.
Usando a linguagem
Veda, vivemos no modo rajásico e tamásico de vida, sem acesso a sattva, ou
criatividade fundamental. Usamos a linguagem da moda, vestimos os trajes da
moda, pensamos e direcionamos nossa atenção para os movimentos sociais da moda, comemos a comida da moda, lemos os livros da moda, assistimos aos programas
televisivos da moda, navegamos nos
sites e blogs da moda, relacionamo-nos
de acordo com a moda, montamos
famílias e negócios da moda,
adoecemos as patologias da moda, ingerimos
as medicações da moda, acreditamos no
Deus que está na moda. E etc, etc,
etc.
Você pode estar pensando
que odeio a moda, não é mesmo? Mas, não! Não detesto a moda. Apenas que não tenho
encontrado na maioria dos modismos, possibilidades de real aprofundamento que
geram transformações. Vou dar um exemplo conhecido de todos nós. Uma pessoa, mais
uma dentre milhões, sofrendo de depressão. Ela fica “pra baixo”, diminui seu
ritmo normal, desacelera o intelecto, prostra-se concentrada e “perdida” no
horizonte. Sua alma está sedenta por ser vista. Mas, antes mesmo de se
perguntar para quê (finalidade) está
deprimida, corre atrás de medicamentos que removam esses sintomas. Não tenho
nada absoluto contra remédios. Só acredito que devemos aproveitar o convite da
doença para conhecermos sua finalidade em nossa alma. Provavelmente se
conseguirmos aguardar um pouquinho, antes da remoção dos sintomas por fármacos
e tivermos coragem (agir pelo
coração) de fazer o mergulho, estaremos encontrando nesse evento algo mais
profundo sobre nós[1].
E, não há nada mais importante para a alma do que viver a cada experiência, a
metáfora do profundo.
Uma gripe nos convida
a refletirmos sobre como estamos nos maltratando, por exemplo. Uma psoríase nos
leva a encararmos nosso medo de nos machucarmos, colocando-nos de frente com as
couraças “protetoras”. Inflamação de bexiga ou cistite questiona nosso conflito
entre manter e soltar os “pesos mortos”. O câncer nos faz encarar mágoas
guardadas, problemas de vida destrutivos e não reconhecidos, distanciamento de nossa
própria linha de desenvolvimento, entre outros. Como diz a médica canadense Ghislaine Lânctot, considerando-se hoje, médica de alma, “a enfermidade é um presente que
você se faz ou se dá para reencontrar-se consigo mesmo”. Ela continua: “As
pessoas vivem esquecidas da sua alma (que é divina). A paz da sua alma será a
saúde, porque o seu corpo é o reflexo material da sua alma. Se você
reencontrar-se com a sua alma e a pacificar... não haverá câncer. Se um filho
meu tivesse câncer, por exemplo, alimentaria sua fé em si mesmo: isso fortalece
o sistema imunológico, o que afasta o câncer”.
Infelizmente, a
ciência vigente continua buscando compreender a psique humana e as causas das
enfermidades a partir de um lugar onde elas não estão: o universo das
interações materiais. Até a psicologia abandonou a autenticidade do seu próprio
objeto de estudo – a alma, insistindo que ela é um mero epifenômeno do cérebro,
sujeita aos tratamentos voltados para o orgânico e aos moldes da moda. Felizmente, a ciência quântica
chegou para todos, comprovando que o mundo subatômico é a morada da alma e,
portanto, de muitos outros fenômenos sutis que produzimos, e com os quais
interagimos, e muito mais real que a moda.
Palavras de Carl Jung, em meados de 1938: “No inconsciente, precisamos contar
com categorias diferentes daquelas da consciência: ocorre aqui algo semelhante
do que na física, onde os fatos são modificados a partir da atividade da
observação como, por exemplo, no caso da observação do núcleo atômico. Parece que
no mundo microfísico do átomo as leis que regem são outras das do mundo
macrofísico. Existe, nesse sentido, certo paralelismo entre o inconsciente e o
mundo microfísico. O inconsciente poderia ser comparado ao núcleo atômico”.
(Extraído do livro Seminários sobre
sonhos de crianças, da editora Vozes)
No caso das doenças,
elas nascem primeiramente no nível energético, que nossos olhos não veem e
exames comuns não detectam[2]. Se
não fizermos nada, passam a expressar-se num nível funcional, onde sentimos,
mas não aparecem causas materiais nos resultados de exames. Se continuarmos
cegos aos apelos da alma, então se materializa no orgânico. Aqui o uso de
medicamentos pode até “curar”, mas se não fizermos nosso mergulho, continuará a
materializar-se sempre e sempre, repetindo ou mudando de forma, vírus,
bactéria, órgãos etc.
Falar em mudanças é
falar em acessar a alma de si e do mundo. Munir-se de muita coragem para adentrar
a caverna das sombras; reconhecer a quantidade exorbitante de enganos, sobre
nós, os outros e o mundo, que continuamos carregando conosco, mascarados de
modernidade e “crescimento”; encarar a verdade afirmada nos conceitos
quânticos: a de que criamos a realidade que experienciamos. Isso implica em “perder”,
despojar-se de couraças, encontrar em si o medo que se mascara de inveja,
desejos de vingança, ódios, sadismo, masoquismo, fantasias de poder,
desonestidade, rigidez, competição desmedida, vitimização, arrogância,
violência, vícios, infidelidade, ingratidão, solidão, incesto, injustiças,
incoerências, manias, doenças psíquicas e orgânicas, em geral, etc. O momento é
agora!!
Para ficar mais
gostoso, medite com Caçador de Mim,
de Milton Nascimento!!
Paula
Márcia Baccelli
[1] Não estou
me referindo a sintomas que levam à morte certa, como infarto, AVC, aneurismas,
acidentes, etc. Aqui é preciso discernimento. Mas, durante e/ou após a
recuperação, o indivíduo deveria se encorajar a mergulhar nas reais causas do
acontecido, pois não existe tal coisa como fatalidade.
[2] Máquinas
que fazem leitura do biocampo de energia (vários modelos), acupuntura, leitura
corporal, constelações sistêmicas, (psico)terapias energéticas como PEAT e
Reintegração do Self, etc, são formas diagnósticas de olhar quântico, dentre outras, que, se
bem utilizadas por profissionais competentes, podem detectar a criação de
enfermidades antes que elas se materializem no corpo. E medicações homeopáticas
e florais, por exemplo, alcançam os níveis sutis da alma para tratamento e
prevenção.
Estava pensando outro
dia sobre Reencarnação. Fator de muita polêmica, principalmente entre as
religiões humanas. Mas hoje, dentro do novo paradigma da ciência, “a
Consciência cria a matéria”, uma Lei Cósmica estabelecida.
Não quero discutir as
diversas opiniões a respeito. Apenas fazer uma observação sobre a crença mais
comum: a de que voltamos a esse corpo para resgatar dívidas do passado. E que,
conforme o que devemos, passaremos por situações específicas para aprendizado da
alma. Isso, como se “algo” ou “alguém” externo a nós nos castigasse as ações e
nos obrigasse a “pagar” pelas escolhas “erradas” que fizemos.
Na verdade, o que nos
mantém na Roda do Samsara, não são as dívidas em si, mas sim, a Culpa. É ela
que nos coloca em posição de autopunição e nos faz criar situações de
sofrimento. Sim, porque somos nós que criamos todas as histórias que vivemos e,
num nível muito transcendente, ao qual estamos inevitavelmente ligados
eternamente, temos consciência plena do significado de tudo, absolutamente tudo
o que fazemos.
Dentro desse novo
paradigma, que na realidade só faz resgatar e comprovar dentro das necessidades
da ciência, grandes sabedorias como a Veda, somos nós que criamos nossa
realidade – LITERALMENTE!
Faço parte de um
grupo não muito pequeno de pessoas que acredita que somos deuses no sentido
completo da palavra. Afinal, a Fonte Divina só pode criar a partir de si mesma.
E isso nos coloca como fragmentos da Fonte, que para ajudar na evolução
constante da mesma, “esqueceu” sua origem, vivenciando a ilusão da dualidade:
Deus lá e nós cá!
Estamos num momento
da humanidade da Terra que tudo converge para que nos lembremos de nossa
herança divina, passando a vivenciar coletivamente um outro nível de
consciência, mais sutilizado e expandido.
E um dos saltos que
está nos faltando dar é modificarmos nossa relação com a culpa diante do resultado
de nossas escolhas. Isso implica em irmos muito além do bem e do mal em nossas
reflexões!
Sim, sem sombra de
dúvidas há ações que facilitam a evolução e outras que dificultam. Mas, todas
geram movimento e criatividade! Para Deus, tudo são EXPERIMENTAÇÕES...
Cabe a nós
mergulharmos profundamente em nós mesmos, com coragem e sinceridade e
avaliarmos dentro dos princípios da Natureza, qual está sendo nosso movimento
de alma: facilitador ou dificultador. Se temos em nossas memórias muitas
lembranças “ruins”, que passemos a considera-las apenas experiências que não
necessitamos nem queremos mais repetir, ao invés de criarmos uma situação de
culpa mortificadora que nos mantém no processo circular e repetitivo de
autopunição, desenhando sofrimentos mil.
Gosto da simplicidade
que aprendi na teoria Sistêmica: ACEITAR - ENTREGAR – CONFIAR – AGRADECER, sempre!
E para completar, uma música fantástica do Romeno Michael Cretu e sua Esposa Sandra, ambos formadores do Projeto Musical 'Enigma'.